Em Amsterdam nos encontramos com
minha cunhada, Walkyria. Ela veio nos ver da Itália, onde está terminando um
curso.
Visitamos alguns museus – o de
Van Gogh é incrível, mesmo com acervo diminuído em função da reforma iminente
-, bebemos vinho na praça Rembrandt, visitamos o bairro da luz vermelha com
suas mulheres expostas, caminhamos pelos canais...
No penúltimo dia Juliana preferiu
caminhar sozinha pela cidade enquanto Walkyria
e eu visitamos a fábrica da Heineken, apreciadores que somos desta cerveja.
Em resumo, trata-se de uma bem
sucedida jogada de marketing – ao preço de 17 euros!!! – travestida de
experiência acerca da história da cervejaria. Claro que, ao final, bebemos um
bocado da tal cerveja que é, de fato, muito boa.
Estávamos para ir embora – um pouco
tronchos, já – quando minha cunhada decidiu pedir a um brasileiro que estava
por perto para tirar uma foto nossa.
Em poucos minutos nos tornáramos
íntimos de dois casais de Natal. Um dos homens (não vou citar os nomes aqui já
que não pedi autorização a eles para isso) era mais extrovertido, o outro mais
reservado. Ambos boa gente, camaradas, desses que encontramos muito no Brasil e
pouco fora daqui.
As mulheres grudaram na Walkyria
para saber mais sobre a experiência dela como confeiteira na Itália, em pouco
tempo já estavam enturmadas.
Não sei quanto tempo levou para
que nos convidassem para ir a Natal visitá-los, nem para que solicitassem à
Walkyria que fizesse o bolo de quinze anos das filhas...
Era incrível como se abria diante
de meus olhos uma verdade: como o povo brasileiro é incrível, mesmo numa cidade
de pessoas incríveis como Amsterdam!
Ao sairmos – já separados dos
dois casais – começamos a falar sobre isso, sobre como era bom encontrar
brasileiros tão longe de casa, quando ouvimos o rapaz gritar, do outro lado de
uma praça, por nossos nomes:
- Pensamos que havíamos perdido
vocês!!!
Então ele ligou seu GPS e nos
conduziu até uma loja da Heineken próxima à praça Rembrandt na qual devíamos
buscar uma lembrança da cervejaria e onde bebemos mais algumas cervejas – um
deles não nos deixou pagar! Só brasileiros fazem isso!
Agora ele me escreve e abre os
e-mails assim:
- Oi amigo!
Eu respondo, um pouco acanhado
por ser tão fechado e não ter dito a eles o quanto foi fantástico conhecê-los,
ainda que tenhamos nos visto por pouco mais de uma hora, a quilômetros de
distância do Brasil...
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