quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O MELHOR LUGAR DO MUNDO SÃO AS PESSOAS


Em Amsterdam nos encontramos com minha cunhada, Walkyria. Ela veio nos ver da Itália, onde está terminando um curso.

Visitamos alguns museus – o de Van Gogh é incrível, mesmo com acervo diminuído em função da reforma iminente -, bebemos vinho na praça Rembrandt, visitamos o bairro da luz vermelha com suas mulheres expostas, caminhamos pelos canais...

No penúltimo dia Juliana preferiu  caminhar sozinha pela cidade enquanto Walkyria e eu visitamos a fábrica da Heineken, apreciadores que somos desta cerveja.

Em resumo, trata-se de uma bem sucedida jogada de marketing – ao preço de 17 euros!!! – travestida de experiência acerca da história da cervejaria. Claro que, ao final, bebemos um bocado da tal cerveja que é, de fato, muito boa.

Estávamos para ir embora – um pouco tronchos, já – quando minha cunhada decidiu pedir a um brasileiro que estava por perto para tirar uma foto nossa.

Em poucos minutos nos tornáramos íntimos de dois casais de Natal. Um dos homens (não vou citar os nomes aqui já que não pedi autorização a eles para isso) era mais extrovertido, o outro mais reservado. Ambos boa gente, camaradas, desses que encontramos muito no Brasil e pouco fora daqui.

As mulheres grudaram na Walkyria para saber mais sobre a experiência dela como confeiteira na Itália, em pouco tempo já estavam enturmadas.

Não sei quanto tempo levou para que nos convidassem para ir a Natal visitá-los, nem para que solicitassem à Walkyria que fizesse o bolo de quinze anos das filhas...

Era incrível como se abria diante de meus olhos uma verdade: como o povo brasileiro é incrível, mesmo numa cidade de pessoas incríveis como Amsterdam!

Ao sairmos – já separados dos dois casais – começamos a falar sobre isso, sobre como era bom encontrar brasileiros tão longe de casa, quando ouvimos o rapaz gritar, do outro lado de uma praça, por nossos nomes:

- Pensamos que havíamos perdido vocês!!!

Então ele ligou seu GPS e nos conduziu até uma loja da Heineken próxima à praça Rembrandt na qual devíamos buscar uma lembrança da cervejaria e onde bebemos mais algumas cervejas – um deles não nos deixou pagar! Só brasileiros fazem isso!

Agora ele me escreve e abre os e-mails assim:

- Oi amigo!

Eu respondo, um pouco acanhado por ser tão fechado e não ter dito a eles o quanto foi fantástico conhecê-los, ainda que tenhamos nos visto por pouco mais de uma hora, a quilômetros de distância do Brasil...

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